Administrar as riquezas para o bem comum, pede Papa

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Na Missa desta terça-feira, 14, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco advertiu que os cristãos não devem acumular riquezas, mas as colocar a serviço de quem necessita.

O Papa centralizou sua homilia num trecho dos Atos dos Apóstolos, que descreve a vida da primeira comunidade dos cristãos. O Pontífice destacou os sinais de renascimento numa comunidade, sendo o primeiro deles a harmonia.

“A comunidade renascida ou aqueles que renascem no Espírito tem esta graça da unidade, da harmonia. O único que pode nos dar a harmonia é o Espírito Santo, porque ele também é harmonia entre o Pai e o Filho, é o dom que faz a harmonia. O segundo sinal é o bem comum, isto é: ‘Não havia entre eles necessitado algum, ninguém considerava seu o que possuía’, estava a serviço da comunidade. Sim, alguns eram ricos, mas a serviço. Estes são os dois sinais de uma comunidade que vive no Espírito”.

Segundo Francisco, este é um trecho bíblico curioso, porque, logo depois, começam os problemas dentro da comunidade, como o ingresso de Ananias e Safira, que tentam trapacear a comunidade. São patrões dos benfeitores que se aproximam da Igreja para ajudá-la e usá-la para os próprios negócios.

“Depois há as perseguições que foram anunciadas por Jesus. A última das bem-aventuranças de Mateus: ‘Bem-aventurados quando vos injuriarem e vos perseguirem por minha causa. Alegrai-vos! Jesus promete isso, promete muitas coisas belas, a paz e a abundância: ‘Tereis cem vez mais com as perseguições’”.

Na primeira comunidade renascida do Espírito Santo, recordou o Papa, existem a pobreza e o bem comum, mas também os problemas dentro e fora. Pedro diz à comunidade para que não se maravilhe diante das perseguições, porque é “o fogo que purifica o ouro”. E a comunidade renascida do Espírito Santo é purificada justamente em meio às dificuldades e perseguições.

Existe, portanto, um terceiro sinal de uma comunidade renascida: a paciência em suportar os problemas, as dificuldades, as injúrias, as calúnias, suportar as doenças e a dor da perda de um ente querido.

A comunidade cristã, afirmou ainda o Pontífice, demonstra que renasce no Espírito Santo quando procura a harmonia, não a divisão interna; quando procura a pobreza, não o acúmulo de riqueza para si, porque as riquezas são para o serviço; e quando não se enraivece imediatamente diante das dificuldades ou se sente ofendida, mas é paciente como o Cristo:

“Nesta segunda semana de Páscoa, durante a qual celebramos os mistérios pascais, nos fará bem pensar em nossas comunidades, sejam estas diocesanas, paroquiais, familiares ou tantas outras, e pedir a graça da harmonia, que é mais do que simplesmente unidade, é a unidade harmônica, o dom do Espírito de pedir a graça da pobreza – não aquela da miséria, da pobreza: o que significa? Que se eu tenho aquilo que tenho, devo administrá-lo bem para o bem comum e com generosidade – e da paciência… A paciência”.

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