Uma resolução sobre as consequências humanitárias da agressão da Rússia contra a Ucrânia foi aprovada, nesta quinta-feira, pela Assembleia Geral da ONU.
Após dois dias de debates, o texto recebeu 140 votos a favor, cinco contra e 38 abstenções. A Casa estava avaliando dois projetos de resolução sobre o tema, mas somente o texto, apoiado pela Ucrânia, foi aceito no final.
África do Sul
A resolução exige o fim imediato dos combates e a retirada das tropas russas da Ucrânia. Neste 24 de março, a ofensiva russa completa um mês. O texto ainda responsabiliza a Rússia por criar uma situação humanitária terrível para os ucranianos.
A votação ocorreu durante a segunda sessão especial de emergência da Assembleia Geral sobre a Ucrânia. Para os países-membros, a votação desta quinta-feira é um reforço para a resolução aprovada, em 2 de março, por 141 votos a favor e que repudiava a ofensiva russa à Ucrânia.
O segundo texto, que não foi aprovado, havia sido colocado em discussão pela África do Sul, na quarta-feira, e sequer mencionava a Rússia. O embaixador ucraniano junto à ONU, Sergiy Kyslytsya, falou de um “desastre humanitário” causado pela invasão das tropas russas ao seu país. Para ele, o conflito tem o potencial de se espalhar pelo resto do mundo.
Polônia
Quase 4 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início da violência. Deste total, mais da metade ou 2,2 milhões foram abrigados na Polônia. A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, descreve a situação como a pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.
Nesta quinta-feira, 24, o Unicef lançou um alerta sobre a quantidade de crianças ucranianas que tiveram que fugir de suas casas desde o início da ofensiva. O número representa metade da população de menores de idade do país. Ao assumir a tribuna, o embaixador da Rússia, Vasily Nebenzia, afirmou que o texto ucraniano “retratava um cenário falso e de dimensão unilateral”.
Segundo ele, foram ignorados os motivos da crise e o papel do Ocidente, que “utiliza a Ucrânia como uma marionete em seu jogo geopolítico contra a Rússia.”
Fonte: (Rádio Educadora do Maranhão / ONU News)