O Dia Mundial da Justiça Social foi comemorado neste último domingo, 20 de fevereiro, com o tema: “Conquistando Justiça Social por meio do Emprego Formal”. As Nações Unidas destacam que trabalhos formais são pré-requisito para reduzir a pobreza e a desigualdade.
A própria Agenda Comum, criada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, foca também na erradicação da pobreza, na promoção do trabalho decente, na proteção social, na igualdade de gênero e na justiça social para todos.
Trabalho sem benefícios
Segundo a ONU, mais de 60% da força de trabalho global, ou 2 bilhões de pessoas, conseguem seu sustento na economia informal. A Covid-19 aumentou as vulnerabilidades desses trabalhadores, uma vez que o emprego informal não oferece nenhuma forma de proteção ou de benefícios. Por isso, essas pessoas têm o dobro de chances de serem pobres, na comparação com os quem têm emprego formal.
As Nações Unidas lembram que a maioria dessas pessoas acaba aceitando esse tipo de trabalho pela falta de oportunidades. O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, OIT, afirma que a pandemia “exacerbou desigualdades, dentro e entre os países, a chamada grande divergência.”
Segundo Guy Ryder, as divisões econômicas e sociais aumentaram, sendo que as pessoas que já estavam em desvantagem antes da Covid-19 foram ainda mais afetadas: jovens, mulheres, migrantes e pequenos comerciantes.
Economia inclusiva
O chefe da OIT afirma que o Dia Mundial da Justiça Social 2022 acontece em um “ponto de inflexão”, quando formuladores de políticas “estão remodelando a recuperação da pandemia”. Gyder destaca que o que for feito definirá os rumos da mudança e com as medidas certas, será possível moldar a econonomia da maneira correta.
Formalizar o setor de empregos informais precisa ser prioridade, lembra o chefe da OIT, pois esses trabalhadores devem ter seus direitos e proteção respeitados. Guy Ryder lista algumas medidas que devem ser tomadas: garantir a proteção social universal; melhorar a proteção dos empregados; promover o emprego decente e o crescimento econômico inclusivo e criar a transição para uma economia global neutra em carbono.
Fonte: (Rádio Educadora do Maranhão / ONU News)