(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Consignado para CLT já está valendo, mas apresenta falhas técnicas para liberar o crédito

O Crédito do Trabalhador é uma nova forma de conseguir empréstimos com juros bem mais baixos usando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O objetivo do governo federal é ajudar trabalhadores com carteira assinada, inclusive domésticos, rurais e assalariados de MEIs, os microempreendedores individuais.

Para ter acesso ao crédito, o trabalhador deve usar o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, onde existe uma opção para pedir uma proposta de crédito. O trabalhador autoriza o acesso a alguns dados, como nome e CPF, e indica quanto do salário pode ser usado para pagar o empréstimo. Em até 24 horas, os bancos que participam do programa devem enviar ofertas. Aí, é só escolher a melhor opção e fazer a contratação pelo próprio aplicativo do banco.

Segundo o Ministério da Fazenda, hoje, 47 milhões de pessoas pagam mais de 5% ao mês de juros no crédito pessoal. Com a nova linha, as taxas podem cair 50% ou mais. Isso porque o trabalhador dá como garantia até 10% do saldo no FGTS e, em caso de demissão, 100% da multa rescisória, o que diminui o risco de não pagamento.

O desconto das parcelas será feito na folha de salários, a cada mês, por meio do eSocial, o que faz os juros ficarem menores do que o consignado por convênio. Quem já tem empréstimo consignado também pode mudar para essa nova linha a partir de 25 de abril.

No entanto, algumas instituições financeiras optaram por fazer mais testes antes de começar a ofertar crédito, devido a falhas no serviço. Grandes bancos e muitas fintechs já estão conectados com a plataforma desenvolvida pelo governo para a oferta do crédito consignado. Apesar disso, há relatos de várias instituições financeiras de que a plataforma não funciona corretamente, com muita intermitência.

Há casos de pessoas que têm solicitado o crédito via carteira de trabalho digital, mas a solicitação não aparece para as instituições financeiras. Também há momentos em que a plataforma simplesmente não conecta aos sistemas dos bancos e fintechs.

Algumas fintechs têm anunciado às suas equipes que preferem realizar “testes controlados” no sistema da Dataprev até que a operação comercial possa começar oficialmente nos próximos dias.

Créditos: Agência Brasil, CNN Brasil.

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