Evento discute políticas públicas para população indígena no Maranhão

Durante os dias 09 a 11 de Agosto desse ano, está acontecendo no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, na Praia Grande, a Semana dos Povos Indígenas no Maranhão. O evento que é promovido pelo Governo do Estado e tem como objetivo proporcionar novos debates, cultura e visibilidade aos povos indígenas do Estado do Maranhão.

A eventualidade contou com a participação da Coordenadora de Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Abip), Sônia Guajajara, aonde fez cobranças ao Estado, destacando a educação fragilizada e a carência de políticas públicas dentro dos territórios indígenas. “Sempre sentimos a ausência do poder público. Por sermos indígenas temos uma politica diferenciada na saúde e educação, mas que na verdade não são muito efetivadas”. Ela destacou

ainda que os diversos conflitos com madeireiros da região e a produtividade agrícola estão no topo dos que mais desmatam atualmente no Maranhão. “A invasão dos madeireiros nos nossos territórios é uma luta que precisamos enfrentar com seriedade porque têm muitos conflitos e mortes, assassinatos dentro das próprias aldeias, e os indígenas que tentam combater essa invasão estão sendo ameaçados e assassinados pelos próprios madeireiros”.

Na ocasião, o secretário de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, ressalta que o evento visa à diversidade cultural do Maranhão expressada pelos povos indígenas, mas ao mesmo tempo é uma forma de criar um espaço de reflexão sobre as lutas e reivindicações e extradições dos povos indígenas.

O Coordenador do Distrito Especial Indígena, Alexandre Cantuária enfatizou a responsabilidade do distrito especial em levar assistência básica, atenção primária a saúde dentro do território indígena. “Temos atuado desde 2014 com a permanência plena das equipes no território”.

Para o jovem índio de 20 anos, Arthur Guajajara o acontecimento é importante para que a mídia divulgue para a população o outro lado dos povos indígenas, que segundo ele, sempre foram mal vistos. “Mostrar que merecemos respeito para o nosso povo, assim como melhor educação e saúde”.

                                                                 Por: Marcos Andrey

 

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