As baixas temperaturas afetam as lavouras e devem gerar mais um choque inflacionário no preço dos alimentos. Mas os efeitos dos dias de frio intenso, que devem durar até domingo (1°), ainda podem provocar impactos em cadeia sobre os preços em geral.
A maior preocupação em relação aos preços, no entanto, segue relacionada ao clima, mas não à baixa temperatura: a seca, que prejudica a produção de energia – e encarece as contas de luz dos brasileiros.
Perdas na lavoura e comida mais cara mais esse desajuste climático renovou o desafio de agricultores no Sul, no Sudeste e até no Centro-Oeste na redução de prejuízos.
Geadas que aconteceram em semanas anteriores resultaram em perdas milionárias com lavouras inteiras “queimadas” pelo gelo, folhas congeladas e até o comprometimento de plantas jovens. Como toda redução de oferta, haverá um novo impacto nos preços dos alimentos nos próximos meses.
O setor foi o grande vilão da inflação de 2020. O conjunto de alimentos e bebidas teve alta acumulada de 14,09% no ano, impulsionado pelo aumento do consumo durante a fase inicial da pandemia do coronavírus.
Os alimentos responderam sozinhos por quase metade da inflação do ano, com um impacto de 2,73 pontos percentuais sobre o índice geral de 4,52% em 12 meses. Desde a virada do ano, contudo, a inflação dos alimentos perdeu parte da força que havia demonstrado. Pelo resultado do IPCA de junho, o setor acumula alta de 12,59%.
fonte: G1