Idosa de 102 anos precisa ser carregada até UBS para se vacinar contra covid-19

Uma mulher de 102 anos teve de ser carregada até um posto de saúde para conseguir se vacinar com a terceira dose contra a covid-19, no Distrito Federal. A equipe de saúde teria se recusado a imunizá-la dentro do carro, segundo o neto da idosa, Erick Farias, 34. O caso ocorreu na Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 3 do Recanto das Emas.

a vacinação no endereço ocorre das 8h às 17h, mas apenas para pedestres. a aplicação do reforço em pessoas com mais de 85 anos começou nesta quarta-feira (22/9), em 33 pontos de atendimento do df. no entanto, apenas um deles atende em modelo drive-thru: o posto do sesi no gama.

um vídeo que circula nas mídias sociais mostra o momento em que erick segura a avó nos braços e critica a situação. a idosa aparenta estar debilitada e incapaz de andar. “trouxe minha avó nessas condições porque o posto não quis vacinar por drive-thru. (…) ela (se) vacinou (com) a primeira e a segunda dose no estacionamento. agora, está vacinando assim”, afirma o servidor público no vídeo, enquanto coloca a idosa sentada em uma cadeira.

Em entrevista ao Correio, Erick relata que chegou na UBS com a avó, Corina Carvalho de Farias, às 9h50. Ele explicou à equipe de saúde sobre a dificuldade de locomoção da idosa e sobre a falta de postos drive-thru. Porém, precisou tirá-la do carro para garantir a terceira dose.

“No Recanto das Emas, não há drive-thru desde o início da vacinação. A Secretaria de Saúde centralizou para a elite. Desde o início, minha avó se vacinou com a primeira e a segunda doses nessa unidade de saúde. Ela tem estágio avançado de Alzheimer e problemas cardíacos. Na primeira vez, vacinaram-na no carro. Na segunda, entrei com o veículo na UBS, e ela foi atendida”, detalha.

Erick conta que o fluxo de pessoas no posto não era intenso na hora em que chegou com a avó. Quando começou a preencher a ficha de Corina, o servidor público foi informado por uma funcionária da UBS que o local não atendia por drive-thru. “Expliquei toda a situação, e a coordenadora (da unidade de saúde) falou que era proibido entrar no estacionamento”, descreve o neto da idosa.

O servidor público afirma que desistiu de insistir e, por isso, carregou Corina nos braços. “Disseram que não vacinariam no carro; então, busquei minha avó e pedi para meu irmão filmar. Quando cheguei lá, tinha duas ou três pessoas na fila. Foi uma falta de respeito com uma senhora de 102 anos. Tenho consciência de que ali não é drive-thru, mas o que custava aplicarem a dose nela”, questionou Erick.

Fonte: Rádio Educadora do Maranhão

 

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