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Dia Nacional do Café: exportação apresenta queda de 8,5%

Nesta segunda-feira (24) é comemorado o Dia Nacional do Café, uma das bebidas mais consumidas entre os brasileiros e de grande impacto econômico para o país. De acordo com relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), de julho de 2020 a abril deste ano, o país exportou 39,5 milhões de sacas do grão, apresentando crescimento de 16,6% em comparação às 33,9 milhões de sacas embarcadas nos primeiros 10 meses da temporada 2019/20. A receita acompanha o ritmo do volume e avança 14,1% no comparativo anual, aproximando-se de US$ 5 bilhões de dólares.

Entretanto, no mês de abril, todas as exportações brasileiras de café somaram 3,3 milhões de sacas de 60 kg, apresentando queda de 8,5% na comparação com o desempenho registrado no mesmo período de 2020. Em março, a receita cambial recuou 7,4%, rendendo US$ 447,2 milhões ao país. O Superintendente de Gestão da Oferta da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Allan Silveira dos Santos, acredita que a expectativa para exportação do café manterá níveis equilibrados. “No acumulado do mês já observamos uma queda nas exportações, porém o mercado ainda está bastante aquecido. Então a perspectiva para os próximos meses é que não haja uma queda significativa, mas que também não tenha um aumento acentuado em relação ao último ano, até porque a colheita de abril começou.”

Ainda de acordo com o superintendente, a safra atual deve ser marcada pela presença do efeito da bienalidade negativa em quase todas as regiões produtoras do país. Essa influência reflete nos resultados de produtividade média e ajuda a explicar as menores estimativas para este ciclo. Além disso, as condições climáticas em algumas regiões produtoras, como o Sudeste, registram períodos de estiagem em fases importantes para o desenvolvimento do café.

No período de janeiro a abril de 2021, o Brasil exportou café para 109 países. O principal destino do café brasileiro são os Estados Unidos, que respondem por 19,3% do total exportado no período. De janeiro a abril, os norte-americanos importaram 2,9 milhões de sacas, apresentando crescimento de 4,2%, diante do primeiro quadrimestre de 2020. Na sequência aparece a Alemanha, com aquisição de 2,7 milhões de sacas, depois a Itália, com 1,1 milhão, em seguida a Bélgica, com aproximadamente 1,1 milhão e o Japão, com 792,5 mil sacas. Destaca-se, também, o crescimento de 40,5% das exportações brasileiras de café para as nações árabes, que adquiriram 678 mil sacas no primeiro quadrimestre deste ano.

Produção de café no Brasil

A expectativa é que sejam produzidas no país um volume total entre 43.854 mil sacas de café e 49.588,6 mil sacas de café beneficiado (grão cru), sinalizando redução de até 40,5% em comparação ao resultado obtido na safra passada. No mundo, bem como no Brasil, são cultivadas principalmente duas espécies de cafés, o arábico e o conilon. A produção estimada para o café arábica está entre 29.719,3 mil e 32.990,5 mil sacas de café beneficiado, o que representa diminuição de 32,4% a 39,1% em comparação ao volume produzido na safra passada.

Já a expectativa inicial de produção do grão conilon varia entre 14.134,7 mil sacas e 16.598,1 mil sacas de café beneficiado. Essa variação pode simbolizar redução de até 1,2% em relação ao total obtido na temporada anterior ou incremento de até 16% em comparação ao mesmo resultado de 2020. Na sexta-feira (21), a saca de 60 quilos do café arábica apresentou alta de 0,44% no preço e a venda custava R$ 823,23 na cidade de São Paulo. O café robusta (conilon) também teve elevação no valor. A alta foi de 0,16% e a saca comercializada a R$ 463,59 para retirada no Espírito Santo.

 

Fonte: Brasil 61

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