O Japão lembra nesta quinta-feira (11) o 11ª aniversário da tragédia de 11 de março de 2011, quando ocorreu um terremoto, seguido de tsunami e do acidente nuclear na Usina de Fukushima, que traumatizou todo o país. O elevado número de mortos ou desaparecidos, 18.500 pessoas, foi causado principalmente pelo gigantesco tsunami, que varreu a costa do Nordeste japonês, pouco depois do terremoto de magnitude 9 na escala Richter.
As ondas invadiram também a Central Nuclear de Fukushima Daiichi, onde os núcleos de três dos seis reatores entraram em fusão e deixaram inabitáveis várias cidades durante anos, devido às radiações. Dezenas de milhares de moradores foram obrigados a sair das suas casas, depois de criada uma zona de exclusão.
Este foi o pior acidente nuclear desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
Numerosas cerimônias públicas e privadas estão previstas na prefeitura de Fukushima, bem como em Tóquio, e um minuto de silêncio vai ser observado às 14:46 (05:46 em Lisboa), hora do tremor de Tohoku de 2011, um dos mais violentos registrados no mundo. Em Miyagi, uma das três prefeituras do Nordeste japonês, na ilha de Honshu, mais atingidas pela catástrofe, operações de busca vão ser organizadas pelos habitantes, que esperam ainda encontrar os restos mortais de uma pessoa.
As hipóteses parecem reduzidas, mas os restos de uma mulher, arrastada pelas gigantescas ondas de há dez anos, foram identificados na passada semana. Em 13 de fevereiro, um terremoto de magnitude 7,3 lembrou o risco sísmico permanente na costa do Japão. Mais de uma centena de pessoas ficaram feridas nessa ocorrência, considerada uma longínqua réplica do tremor de 2011.
A pandemia também será lembrada em outras cerimônias, como em Taro (região de Miyagi), onde os moradores têm por hábito concentrar-se para rezar no alto da proteção antitsunami, de mãos dadas. Este ano, vão respeitar o distanciamento físico, imposto pela covid-19.
Essas cerimônias são realizadas duas semanas antes da partida prevista, em Fukushima, da chama olímpica no percurso para Tóquio2020, que a organização vê como os “Jogos Olímpicos da Reconstrução”.
Fonte: Agência Brasil