Foto: (Reprodução / ONU News)

ONU: “Idosos devem poder participar ativamente e contribuir para o desenvolvimento”

As Nações Unidas realizam até esta quinta-feira a 12ª sessão do Grupo de Trabalho sobre o Envelhecimento. Na abertura do evento, nesta segunda-feira, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, declarou que o preconceito de idade está “enredado no próprio tecido da vida das pessoas idosas e é difundido em todas as sociedades”.

Idade

A reunião aborda o marco internacional de direitos humanos em relação ao grupo, as possíveis lacunas e como resolvê-las.

Para Bachelet, os estereótipos sobre preconceito de idade e discriminação são contraproducentes e podem até ser perigosos pelo “efeito significativo na vulnerabilidade dos idosos e por ser um dos principais obstáculos para que estes usufruam seus direitos”. Para agravar o chamado etarismo, ou preconceito baseado na idade, estão as atuais “estruturas inadequadas” para proteger os direitos dos idosos: nenhum dos tratados de direitos humanos da ONU prevê uma disposição específica sobre o tipo de discriminação ou preconceito.

Bachelet mencionou que a Nossa Agenda Comum, do secretário-geral da ONU, requer um novo contrato social ancorado nos direitos humanos no qual os idosos são essenciais.

Sociedades

Ela lembrou que os jovens de hoje são os membros mais velhos da sociedade de amanhã. E que sociedades que apoiam ativamente os seus idosos irão abrir caminho para um futuro mais digno, ressaltando que direitos básicos da terceira idade precisam ser protegidos mais do que nunca. Em 2050, a ONU estima que o número de pessoas acima dos 65 anos será o dobro do atual. O total  superará o de jovens de idades entre 15 e 24 anos.

Bachelet pediu aos participantes para imaginar “um mundo onde as pessoas idosas em todos os lugares tenham a garantia de viver uma vida digna, com segurança econômica”. Nessa realidade, ela sugeriu ainda que o grupo populacional possa continuar com “seu trabalho e contribuir na sociedade pelo tempo que quiserem e puderem. Onde eles possam viver de forma independente e tomar suas próprias decisões.”

Saúde

A chefe de Direitos Humanos lançou um apelo por mais ações pelo fim da violência, da negligência e do abuso de idosos e em favor de uma situação em que haja “serviços de saúde de qualidade, incluindo cuidados de longo prazo, facilmente acessíveis”. Para Bachelet, eles devem poder participar ativamente no futuro e contribuir para o desenvolvimento sustentável, e, se necessário, ter acesso à justiça, por qualquer violação de direitos humanos que venham a sofrer.

A alta comissária destacou que o mundo atual está  ainda longe dessa “visão de uma realidade melhor para a geração mais velha”, ao lembrar que a maioria dos 6 milhões de vidas perdidas para o Covid-19 eram pessoas idosas.

 

Foto: (Rádio Educadora do Maranhão / ONU News)

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