Seminário Santo Antônio: um brevíssimo histórico

Dom Marcos Antônio de Souza (1828-1842), 15º bispo do Maranhão, foi o grande idealizador e fundador do nosso seminário. Antes de 1838, a formação dos sacerdotes maranhenses era feita no Colégio de Nossa Senhora da Luz, dos jesuítas, que estava fechado desde 1759. Havia, portanto, um vácuo na formação e instrução do clero, levando dom Marcos a se preocupar com a instalação de um seminário diocesano para suprir esta deficiência. Mas onde instalar o seminário?

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A solução estava em um dos velhos conventos outrora abarrotados de frades e, àquela época, já quase desertos. Após conversa com o guardião da velha casa dos capuchinhos portugueses, o Convento de Santo Antônio e Santa Margarida, foi, então, cedida à diocese parte das dependências, inclusive algumas salas onde até então funcionava, provisoriamente, um destacamento da Polícia Provincial. E foi ali, bem perto de onde pregou aquele que é tido como o maior orador sacro de língua portuguesa, o padre Vieira, que foi fundado o Seminário Santo Antônio.

Com uma história de altos e baixos, o que é natural em qualquer instituição, o Seminário Santo Antônio teve um de seus períodos áureos com a chegada dos padres lazaristas a convite de dom Antônio Xisto Albano (1901-1906), 19º bispo do Maranhão. Os padres da Congregação da Missão, que já tinham assumido a formação de vários seminários Brasil afora, assumiram a direção do Santo Antônio, em 14 de janeiro de 1904. Dom Francisco de Paula e Silva (1907-1918), saudoso sucessor de dom Xisto, criou a Obra das Vocações Sacerdotais dando novo impulso ao seminário. No início dos anos 1960, o seminário sofre com poucas vocações e em 1963 os lazaristas deixam a formação do seminário. O seminário passa, infelizmente, um período fechado.

Em 1977, o seminário foi transferido do velho prédio do Santo Antônio para o antigo sobrado do Barão de Grajaú, onde posteriormente funcionou também o Museu de Artes Sacras do Maranhão, cujo acervo pertence à Arquidiocese. O Seminário de Santo Antônio esteve no sobrado do Barão de Grajaú até o fim de 1984. Em 1985, retorna para o antigo convento como seminário interdiocesano, isto é, residem juntos os seminaristas de todas as dioceses do Maranhão. Com o tempo, percebe-se que o grande número de seminaristas dificulta o trabalho eficaz da formação para o sacerdócio que deve ser mais personalizada, de maneira que se torna necessária a formação de comunidades menores. O seminário interdiocesano se desfaz e cada diocese funda o seu seminário. O Seminário de Santo Antônio continua até que, em 2008, os seminaristas da Filosofia são transferidos para o antigo seminário menor no bairro Jardim das Margaridas, que passa a ser Seminário Arquidiocesano de Filosofia São João Maria Vianney e os seminaristas da Teologia são transferidos para a casa paroquial de São José e São Pantaleão, que passa a ser Seminário Arquidiocesano de Teologia de Santo Antônio. Por meio do trabalho incansável de nosso operoso Arcebispo, dom Belisário, coadjuvado pelo não menos operoso Reitor, padre Clemilton Moraes, e por todo Povo Fiel, o venerável prédio está sendo reformado e voltará a ser, Deo Gratias, a grande sementeira do clero ludovicense.

Para ajudar nas obras de reforma do saudoso seminário, a Arquidiocese está promovendo um sorteio para o dia 29 de setembro com três chances: um carro Hb20, uma TV LED 50’e um Iphone Apple 5S. Você pode adquirir sua cartela na secretaria de sua paróquia ou mesmo durante as missas em sua comunidade, na Cúria Metropolitana, secretaria da igreja Santo Antônio (ao lado do Seminário) ou ainda com os próprios seminaristas nas paróquias onde realizam pastoral ou no IESMA (Faculdade Católica, rua do Rancho, atrás do Seminário) no período da manhã.

Por padre João Dias Rezende Filho, administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Vila São Luís.

Fonte: Arquidiocese de São Luís

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