Nesses tempos de pandemia surgiram novas variantes da Covid-19 e com isso muitos questionamentos, por esse motivo os comunicadores do programa Roda Viva entrevistaram a infectologista Maria dos Remédios, para esclarecer algumas dúvidas. O Maranhão tem registrado um aumento de mortes por Covid, internações e ocupação dos leitos neste mês de maio. Segundo a doutora Maria dos Remédios , o que difere a variante indiana das já conhecidas pelos brasileiros, como a P1, que circulou com força em Manaus, é a maior transmissibilidade. Em relação especificamente a essa variante que chegou aqui no Brasil, vinda da Índia e batizada de P4, sabe-se que ela tem três mutações, está em mais de cinquenta países e é altamente transmissível. Mas não se tem estudo ainda se ela causa doença mais grave ou não, explica. Ela disse que por ora, não há nenhum estudo que comprove uma maior letalidade após a covid-19 provocada pela linhagem B.1.617.
A doutora deu sua opinião sobre a vacina chinesa contra a covid-19 Coronavac, e disse que os brasileiros que tomaram ela no começo do ano já estão no período de ter que tomar uma nova dose, por conta de recentemente se tornar comum casos de mortes em pessoas que tomaram as duas doses da vacina. A infectologista exclamou que a maior preocupação de especialistas quanto à maior facilidade com que esta cepa passa de uma pessoa para outra se deve ao receio de que a variante indiana seja responsável por uma nova onda de infecções no país, o que alguns já ousam chamar de terceira onda. Por outro lado tudo aponta que as vacinas testadas e aprovadas continuam a funcionar contra a linhagem B.1.617.
Os primeiros indícios sobre isso foram publicados na semana passada: um estudo feito pelo sistema de saúde público da Inglaterra descobriu que os imunizantes Cominarty (Pfizer/BioNTech) e AZD1222 (AstraZeneca/Universidade de Oxford) são efetivos contra a covid-19 sintomática provocada por essa variante. O recado da infectologista é manter todas as formas de prevenção já conhecidas: distanciamento social, uso de máscara, higienização das mãos e vacinação.
Fonte: Agência Educadora