É Bergoglio o primeiro papa a ser criticado? Em Fake Pope – as falsas notícias sobre o Papa Francisco, lançado pela PAULUS Editora, os autores Nello Scavo e Roberto Beretta afirmam que não! Eles explicam que a figura do Papa é há séculos alvo de mentiras. Houve na história pontífices atingidos por fortíssimas acusações.
No entanto, em tempos de amplo debate social pela opinião pública – sobretudo no âmbito digital – as Fake News se tornaram armas poderosíssimas. Na obra, os autores – reconhecidos por cobrir a vida eclesiástica –, apontam algumas falsas notícias, abordam a necessidade de ser discutido o tema e alertam sobre a importância da busca e da averiguação dos fatos.
Nello e Roberto destacam que, contra o Papa Francisco circulam acusações completamente inventadas e que é preciso combater essas falácias, pois as consequências podem comprometer o trabalho de anos, como o da Igreja. “Um tiro de canhão de mentiras ou semi-verdades manipuladas com arte, tem o poder de devastar o trabalho de anos, de injetar uma desconfiança demolidora onde – e é com frequência o caso da Igreja – o resultado final depende dos delicados equilíbrios e da paciência nas relações humanas”, dizem.
Em maio de 2018, o Papa Francisco encaminhou uma mensagem para o 52º Dia Mundial das Comunicações Sociais, com o tema: “A verdade vos tornará livres (Jo 8,32). Fake News e jornalismo de paz”. Neste documento, o pontífice demonstra preocupação e alerta sobre as intenções que podem estar por trás das falsas notícias. “As próprias motivações econômicas e oportunistas da desinformação têm a sua raiz na sede de poder, ter e gozar, que, em última instância, nos torna vítimas de um embuste muito mais trágico do que cada uma das suas manifestações: o embuste do mal”, alerta Papa Francisco.
Para os autores de Fake Pope, não é possível construir nenhuma comunidade humana, muito menos fraterna, onde dominam a suspeita e a desconfiança. A obra, dividida em cinco partes, pretende mostrar que é preciso distinguir para não confundir, é preciso ter discernimento e acima de tudo educar para uma contínua busca à averiguação. “É o discernimento – outro termo muito frequentemente usado pelo Papa Francisco, e de resto típico do patrimônio jesuíta – a receita proposta por Bergoglio contra o pensamento único ou desviado, e seu primeiro ingrediente é a consciência da pessoa. Bem indagada e submetida a averiguações quanto quisermos, porém, responsabilidade sempre pessoal”, concluem Nello Scavo e Roberto Beretta.
Nesta mesma perspectiva, o diretor da Faculdade PAULUS de Comunicação (FAPCOM), Pe. Iraildo Alves de Brito cita o fundador da congregação dos Padres e Irmãos Paulinos, o Bem-Aventurado Tiago Alberione, ao falar sobre a verdade e superficialidade. “Alberione dizia que, a caridade da verdade é a caridade mais sublime. A caridade da verdade, entre outros aspectos, diz respeito à capacidade de não se conformar com as superficialidades. Seja qual for a matéria, o assunto, o problema, faz-se necessário o interesse de aprofundamento para não se deixar enganar, nem se manipular”, enfatiza Padre Iraildo.
Sobre os autores
Nello Scavo é jornalista do Avvenire, repórter internacional e cronista judicial. Ao longo dos anos investigou o crime organizado e o terrorismo global, cobrindo muitas áreas “efervescentes” do mundo, como a ex-Iugoslávia, o sudeste asiático, os países da URSS, a América Latina, o Oriente Médio e o Corno da África. Em 2013 partiu para Buenos Aires em busca da verdade sobre a suposta conivência do papa Francisco com as ditaduras sul-americanas, para depois escrever “I sommersi e i salvati di Bergoglio”. Também é autor de “La lista di Bergoglio”, traduzido em mais de 15 idiomas, “I nemici di Francesco”, lançado em 2015 e “Perseguitati”, de 2017.
Roberto Beretta é jornalista e ensaísta. Escreveu mais de vinte livros sobre temas históricos e religiosos, muitos dos quais tidos como “incômodos”, entre eles “Il lungo autunno: controstoria del Sessantotto cattolico”; “Storia dei preti uccisi dai partigiani”, “Le bugie della Chiesa”; “Da che pulpito… Come difendersi dalle prediche” e ”Chiesa padrona – Strapotere, monopolio e ingerenza nel cattolicesimo italiano”. É um dos autores mais lidos no blog de opinião católica Vino Nuovo.
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