Igreja no Brasil opõe-se à discriminação contra povos ciganos

 

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“A Pastoral dos Nômades coloca-se contra toda forma de discriminação e racismo contra o povo cigano”, diz o texto

Da redação, com CNBB

O Dia Nacional dos Ciganos, celebrado no domingo, 24, foi lembrado pela Pastoral dos Nômades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O organismo divulgou nota saudando o povo cigano e os agentes de pastoral “que dão suas vidas para levar Cristo” àqueles que sofrem com a invisibilidade perante a sociedade.

O texto, assinado pelo bispo de Eunápolis (BA) e referencial da Pastoral, dom José Edson Santana Oliveira, convida para a reflexão sobre a realidade dos nômades do Brasil e propõe a superação das relações de suspeita, preconceito e desconfiança.

A Pastoral dos Nômades do Brasil parabeniza todo o povo cigano pelo seu dia! Agradece também a todos os seus Agentes de Pastoral que dão suas vidas para levar Cristo a estes nossos irmãos e irmãs “invisíveis”.

Hoje é dia de festejarmos, de nos alegrarmos por esta data especial! Não obstante, é também dia de convidarmos os ciganos e não-ciganos, dentro e fora da Igreja, a refletir sobre a realidade cigana no Brasil.

A Igreja no Brasil, através de suas diretrizes, nos convida a apoiar as iniciativas de inclusão social e os direitos das minorias (DGAE 117). Diante disso, unamos nossa voz aos milhares de ciganos e ciganas que lutam em defesa de seus direitos, principalmente o direito de ir e vir e permanecer; o direito da inviolabilidade de suas barracas e a preservação de sua cultura.

A Pastoral dos Nômades coloca-se contra toda forma de discriminação e racismo contra o povo cigano. Povo este que há muito vem contribuindo com valores abandonados pelos não-ciganos, como, por exemplo, a valorização da cultura, não se deixando levar por modismos, além da valorização da criança e do idoso, tendo sempre a família como base de toda sua ação.

Aproveitando esta data, convidamos a todos a darmos um passo mais significativo em nossa ação evangelizadora: sairmos de uma relação de suspeita e entrarmos numa relação de confiança. E, para superarmos esta desconfiança, precisamos de gestos concretos de solidariedade cotidianamente.

Que o Bem-Aventurado Zeferino, cigano e mártir, interceda a Deus por cada um de nós, para que abramos nossos corações e, com ele aberto, acolhamos o cigano como o irmão e a irmã que Deus nos enviou para caminharmos juntos rumo à Terra Prometida, onde viveremos como uma grande família e onde teremos vida e vida em abundância.

Fonte: http://noticias.cancaonova.com/igreja-no-brasil-opoe-se-a-discriminacao-contra-povos-ciganos/

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